Taj Mahal, Um conto de amor.

Considerado como uma das mais importantes construções da História da Humanidade, o Taj Mahal tem por de trás de suas edificações uma impressionante história. Durante o governo do imperador mongol Shah Jahan, houve um período de grande prosperidade material na Índia, sendo que os recursos acumulados durante esse governo permitiram a construção de vários jardins e edifícios. Na condição de monarca, Shah Jahan tinha várias esposas, mas Aryumand Banu Begam era, sem dúvida, a mais amada.
O Taj Mahal é poesia feita arte, um canto ao amor, uma obra sublime que só uma alma apaixonada seria capaz de oferecer ao mundo. Ali, justo sobre o pórtico na entrada pode ser lido alguns versos do Alcorão que descrevem o paraíso, que dá uma idéia do que vamos encontrar e do que vamos sentir; como palavras mágicas, aquele portão de bronze mostrará um "palácio de pérolas rodeado de jardins"

Umas das 7 maravilhas do mundo, praticamente todos já o viram em inúmeras fotografias, mas o que poucos sabem, é a história que está por detraz deste inigualável monumento. O Taj Mahal, é não mais do que uma ode ao amor e representa toda a eloquência que este sentimento pode ser. Durante séculos, o Taj Mahal inspirou poetas, pintores e músicos que tentaram capturar a sua magia em palavras, cores e música. Viajantes cruzaram continentes inteiros para ver esta esplendorosa beleza, sendo poucos os que lhe ficaram indiferentes.



Sha Jahan conheceu a sua amada Arjumand num bazar onde ela vendia cristais. Admirado com sua beleza não foi capaz de lhe dirigir a palavra num primeiro momento. Seu pai, o Imperador, também não aceitou esta relação. Assim foi que depois de duas esposas e cinco anos desde aquele primeiro encontro, uniram-se em casamento. Arjumand passou a ser conhecida como Mumtaz Mahal, "a eleita do palácio". Durante anos foram um casal apaixonado, que viviam um pelo outro; ela era sua acompanhante fiel em todas suas campanhas; ele a cobria de presentes, de detalhes, de flores, de diamantes, de carinho... de amor. 
Depois da morte do imperador Jehangir, Sha Jahan ocupou o trono. Dois anos mais tarde, em 1630, veio a tragédia...

Em plena campanha militar em Burhanpur, avisaram o novo imperador de que o 13º parto de sua esposa estava complicado. Sha Jahan correu desesperado ao seu encontro, justamente a tempo de segurar-lhe a mão e dar-lhe seu último adeus. O imperador nunca mais voltou a ser o mesmo. Enclausurou-se no Forte Vermelho, na orla esquerda do rio Yamuna, e ali passou, encerrado nos últimos anos de sua vida, abandonando o Império nas mãos de seus sucessores.
Em frente ao Forte, visível desde todas suas janelas, e no outro lado do rio, mandou construir o mais impressionante Mausoléu que jamais uma mente humana pudesse conceber. Os melhores construtores, os melhores operários, as melhores jóias, as melhores pedras...
O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ambar do Oceano Índico, tudo era pouco para o local de repouso de sua amada; inclusive, o Yamuna foi desviado para que o Taj Mahal pudesse se refletir em suas águas. E ali, depois de duas décadas de construção, em 1648, foi enterrada sua amada Mumtaz Mahal. E ali, junto a ela, foi enterrado anos depois o próprio imperador para que repousassem sempre juntos eternamente.




Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal.. o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem Persa, que significa Coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar. Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflecte a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que forma uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter.
Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal.
Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.
Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte.


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