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Sinopse
Este "Retrato de Dorian Gray" é curioso. Um jovem que se envaidece de si mesmo, que se torna amante de si mesmo e da arte abstrata e pura, e que em seu nome de inanidades sociais, insensibiliza, diagnóstica e se auto desculpa. Não há redenção naquele jovem, mesmo quando acaba por querer mudar de vida, já que o faz pelo fato novidade, pelo amor ao novo, à arte de viver... Cheia de ilustrações que ele já quase tinha esgotado numa vida sensaborona e sem interesse humano do que a vilanização do ser...
O romance, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um homem
jovem chamado Dorian Gray na Inglaterra aristocrática e hedonista do século
XIX, que torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward.
Dorian tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um "Adônisque
se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também
tornou-se uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto,
uma paixão platônica por parte do pintor. Mas o seu retrato, que Basil não quer
expor por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua
grande obra-prima.
Lord Henry Wotton, um
aristocrata cínico e hedonista típico da época e grande
amigo de Basil, conhece Dorian e o seduz para sua visão de mundo, onde o único
propósito que vale a pena ser perseguido é o da beleza e do prazer: "sou
de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a
todo sentimento, expressão a toda ideia, realidade a todo devaneio... creio que
o mundo receberia um novo impulso eufórico,um impulso de alegria que nos faria
esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos
ideais helênicos..."
No entanto, segundo Henry, a beleza é efêmera.
Até mesmo a inteligência lhe é prejudicial: "a beleza, a
verdadeira beleza, acaba onde principia a expressão inteligente",
enquanto que "a beleza é uma forma de gênio... mais elevada que o
gênio, pois dispensa explicação". Dorian foi seduzido pelas palavras
de Henry e pela tristeza de seu destino: "o senhor dispõe só de
alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade
passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o
aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação
do passado tornará mais amargas que destroçadas.".
Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto,
exaspera-se:
"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se
conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de
junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro
envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo
o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!”.
Filme Indicado
pelo leito John Fernandes.
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